IX - Ano novo significa vida nova?


(Pensou que Dezembro ficaria de fora?Uma postagem por mês é o mínimo a se esperar de alguém que aspira atualizar com alguma periodicidade!)

Bom, já pararam para pensar quantos blogs na Internet (óbvio que blogs são na internet!) estão exaltando ou se queixando do ano que passou? Blogs pessoais ou profissionais, de humor ou sérios. E isso sai da Internet: revistas, jornais, e a tevê: em tudo que vemos, vemos um balanção geral do ano que vai indo (e se fosse alguém se queixando a frase seria: vemos um balanção geral do ano que vai indo tarde!).

“E que ano!” – diria alguém feliz que fez em 2007 o que não fez em meia vida. Bom, caro leitor, como aqui não é um diário, não se preocupe. Não verás lamúrias e nem odes. Introdução à questão: Todo fim-de-ano-começo-de-ano há um tiroteio de promessas, planos, novos critérios, dentre outros. E isso parte das mais diversas camadas sociais! Claro, claro, normalmente tais promessas compreendem (em ordem de popularidade):

  • este ano vou brigar menos, aproveitar mais;
  • este ano vou [estudar mesmo, levar o trabalho a sério];
  • este ano vou [me comportar melhor, ser mais simpático, etc];
  • este ano vou parar de [beber, fumar, (coloque restrição pessoal aqui)].

Ótimo seria se todos cumprissem todas suas promessas! Para começar o Brasil seria um exemplo mundial a se seguir em hospitalidade e também seria um super pólo de educação e de produtividade laboral. O convívio social seria muito melhor (talvez não fosse lá um orgasmo, mas seria mais tranqüilo, certo?) E o número de viciados em drogas lícitas (e quem sabe, ilícitas) cairia. Bom demais para ser verdade!

Por outro lado, vejo os críticos de final de ano dizerem que a data é dotada de hipocrisia social por que as pessoas deveriam fazer isso o ano todo e não o fazem. Vejo dizerem que prometem e esquecem em seguida. Seja no dia primeiro de Janeiro, seja no vinte e sete de junho, no catorze de Agosto, e assim vai... Mal sabem eles que tudo na vida precisa de um gatilho para que possamos despertar (e por que não dizer ‘atingir’?) a vontade em fazer algo?

Sabe o que penso? Que a data é válida como gatilho sim, pois se falta essa iniciativa durante um ano inteiro, que dia seria melhor do que a virada do ano? Por isso um bordãozinho tão popular e tão verdadeiro: ‘ano novo, vida nova’! Tá, noventa e nove virarão estatística, mas para alguém isso há de funcionar! Promessa efêmera para muitos, mas nem todos!.

(Fora que a data não poderia ser mais propícia: quer melhor época do ano para se organizar, tirar atrasos e fazer as pases? Afinal, estando de folga se pode pôr ordem nas estantes, no armário, montar o cronograma para o ano que chega e aproveitar a míngua de espírito natalino e a fragilidade emocional das pessoas para desfazer aquele velho inimigo.)